Com arquitetura RDNA3 e design compacto, novo hardware promete rodar jogos em 4K e eliminar a complexidade de configurações do PC tradicional através do SteamOS.
A Valve está pronta para retornar à sala de estar dos jogadores com uma nova iteração da Steam Machine, prometendo resolver o eterno dilema entre a conveniência dos consoles e a potência dos computadores. Em declarações recentes, a empresa assegurou que o novo hardware será capaz de entregar um desempenho igual ou superior a 70% dos PCs gamer que os consumidores possuem atualmente em casa.
O objetivo central do projeto é eliminar as barreiras técnicas que afastam o público do PC gaming. Segundo Yazan Aldehayyat, engenheiro de hardware da Valve, a meta é oferecer uma experiência onde o usuário não precise se preocupar com requisitos de sistema. “Nós queremos que seja uma experiência bem simples. Você não precisa se preocupar com ‘ah, eu jogo esses jogos. Não sei se ela terá performance suficiente’”, afirmou o engenheiro, destacando que o hardware foi planejado para superar esse obstáculo de performance logo de saída.
Especificações técnicas e desempenho
Para cumprir essa promessa, a nova Steam Machine, prevista para 2025, virá equipada com um processador AMD Zen 4 semi-personalizado de 6 núcleos e 12 threads, operando a até 4,8 GHz. O poder gráfico fica a cargo de uma GPU com arquitetura RDNA3 e 8 GB de VRAM GDDR6. O sistema conta ainda com 16 GB de memória RAM DDR5.
A Valve projeta que a máquina seja capaz de rodar jogos modernos em resolução 2160p (4K) a 60 quadros por segundo (FPS). No entanto, testes preliminares sugerem que a ativação de recursos pesados como Ray Tracing pode reduzir o desempenho para a casa dos 30 FPS.
O hardware será disponibilizado em dois modelos principais, diferenciados pelo armazenamento: uma versão com SSD de 512 GB e outra com 2 TB, ambas permitindo expansão via cartões microSD. O design também chama a atenção pela portabilidade: trata-se de um cubo compacto de aproximadamente 16 cm, pesando 2,6 kg, equipado com uma faixa de LED personalizável e até mesmo uma bateria interna de 50 Whr.
O fim da complexidade do PC
A grande aposta da Valve com o dispositivo é a unificação do ecossistema através do SteamOS. A proposta é entregar um produto “all-in-one” (tudo em um) que tire a dor de cabeça das atualizações constantes de hardware. Ao contrário de um PC tradicional, a GPU da Steam Machine não poderá ser substituída, embora o SSD seja atualizável.
Pierre-Loup Griffais, engenheiro de software do SteamOS, indicou que o futuro pode reservar modelos híbridos fabricados por terceiros, permitindo que o consumidor escolha o hardware que melhor se adapta às suas necessidades, embora essas versões alternativas ainda sejam hipotéticas.
O ecossistema deve ser expandido com novos periféricos, incluindo um novo Steam Controller e o Steam Frame, um headset de realidade virtual (VR) projetado para funcionar nativamente com a máquina, facilitando a entrada de usuários leigos no mundo da VR sem a necessidade de comparar especificações complexas.
Preço e posicionamento de mercado
Embora o preço oficial ainda não tenha sido revelado, a Valve reforça que o custo é um fator determinante no projeto e busca manter o valor o “mais acessível possível”. Especula-se que o hardware possa custar entre US$ 700 e US$ 800 (aproximadamente R$ 3.500 a R$ 4.000 em conversão direta, sem impostos), posicionando-se como uma alternativa competitiva frente a consoles como o PS5 Pro ou PCs gamers de entrada e intermediários.
A conectividade do aparelho inclui portas DisplayPort 1.4 e HDMI 2.0, suportando tecnologias como HDR e FreeSync, além de múltiplas portas USB (Tipo A e C) e Gigabit Ethernet, garantindo versatilidade tanto para setups de mesa quanto para a televisão da sala.
