
Banda, fenômeno do YouTube, compartilha visão sobre estudo, desafios musicais e a emoção de conectar fãs de animes em apresentações ao vivo
A banda Miura Jam, um dos maiores fenômenos da música geek no Brasil, agitou o público do Anime Friends 2025 com uma apresentação eletrizante e concedeu uma entrevista exclusiva onde detalhou a trajetória de uma década de sucesso, os desafios de adaptação de hits de anime e a paixão por conectar gerações através da música.
A chave para a longevidade: estudo e adaptação
Durante o bate-papo, os integrantes do Miura Jam enfatizaram que a longevidade na carreira musical está diretamente ligada ao estudo contínuo e ao aprimoramento. “A gente sempre fala que o estudo e a busca pelo conhecimento é o que te mantém a longo prazo”, destacou um dos membros, ressaltando a importância dessa filosofia para artistas que buscam construir uma base sólida e duradoura. A banda, conhecida por suas adaptações de temas de animes e games, abordou os desafios de trazer músicas complexas para o palco. Músicas recentes com letras rápidas e batidas intricadas, como “Idol” e sucessos do Creepy Nuts, exigem um trabalho minucioso de arranjo para serem executadas ao vivo sem perder a essência.
O processo criativo e as escolhas vocais
Miura, líder do grupo, explicou a meticulosa seleção de vocalistas para cada canção. A escolha é feita com base no timbre da voz e na melhor combinação com a melodia e a mensagem da música. Essa flexibilidade permite que a banda explore uma vasta gama de interpretações, utilizando diferentes talentos, incluindo vozes femininas versáteis que enriquecem o catálogo do Miura Jam. O repertório para os shows é cuidadosamente planejado, mesclando os “top 10” do canal com arranjos especiais que transformam as versões eletrônicas em performances ao vivo impactantes.
Hits favoritos e a conexão com o público
Os músicos compartilharam suas músicas preferidas, revelando a diversidade de gostos dentro da banda. Paulo citou as faixas de Jujutsu Kaisen e suas músicas autorais como “xodós”, além de covers como “Cry Baby”, “Blue Bird” e “Guren no Yumiya”. A vocalista feminina destacou as músicas de Pokémon, como “Lola” e “Lola XYZ”, e a influência de “Kiss of Death”, de Mika Nakashima. Edu, por sua vez, relembrou os clássicos de Digimon, como “Butterfly” e “Fire”, e a gravação de “Kasia” de Pokémon. A emoção de ver o público cantando em uníssono, especialmente as versões em português, é um dos maiores combustíveis para o grupo, que vê seu trabalho como uma ponte para aproximar os fãs das mensagens positivas dos animes.
De Covers no YouTube aos palcos cheios
A trajetória do Miura Jam é um exemplo de persistência e evolução. O grupo, que já tocava em eventos de anime desde 2005 com outras formações, deu início ao canal no YouTube impulsionado pelo desejo de Miura de lançar canções autorais com influências japonesas. O projeto cresceu com a inclusão de covers de games e animes, e, após anos de produção digital, a banda começou a realizar shows ao vivo há cerca de um ano, em grande parte devido à insistência da produtora Bruna. Essa transição do estúdio para o palco consolidou o Miura Jam como uma força vibrante no cenário musical brasileiro, capaz de transcender as barreiras do digital e emocionar plateias ao vivo.